sábado, 10 de novembro de 2012

Não era amor, era outra parada mais legal.
— Engelberg

Reviver.

Só tinha ouvido falar em uma coisa que ressuscitava e era Jesus Cristo. Que bateu as botas e depois estava ali ô, de frente com todo mundo. Achei que amor não ressuscitasse. Apesar de não serem 3 dias foram 4 meses que passaram, e puf, te amando novamente. É ambos tem suas certas semelhanças, Cristo morreu por amor, eu ressuscitei o amor. Que já estava morto, não a 7 palmos abaixo na terra, mas a umas 7 constelações atrás. Já fazia algum tempo que você não me dava essa sensação, nem sua presença me dava arrepios. Até achei que éramos amigos, uma amizade com você cairia muito bem como um disfarce pro meu coração se achegar perto de você. Nossa, ele enganou até a mim. Tudo bem, confesso, me deixei ser enganado. Mas não imaginava que amor era assim, acho que tinha até esquecido os sintomas. Nem me controlar to conseguindo, é amor mesmo né? Mas não se assusta não, é tudo muito difícil, complicado e por várias vezes te dará raiva mas quando você ama esquece tudo porque segundo minha teoria: “Sentimento ultrapassa qualquer emoção, pensamento, vontade e regra.” .
Pois assim não tive como conter, ressuscitou. Toda aquela coragem de amar, desejo de paixão e necessidade de carinho, borboletas no estômago e saudade incessante. Tá pulsando junto com todo o meu sangue. 
João Pedro Silveira, amatório — Reviver. 

Nem toda poesia do mundo.

Fui trovador
Poeta prosador
Sonetista social
Contista de terror
Filósofo imoral
Realista até no amor
Fui, até, um belo romântico
Por último, moderno
Agora sou contemporâneo

— Vitor M. Costa

Embriaguem os sãos, o porre de amanhã que se lasque.


De coração sóbrio ninguém se apaixona.
João Pedro da Silveira, amatório. 


Lastimável poesia.

Lastimável poesia 
se perdeu na ventania
diante de tantas lágrimas
perdi os versos, perdi a rima
dei saltos muito grandes entre as linhas
seria o mais belo drama, 
mas drama maior que perder uma poesia
é não saber escrever a poesia. 


— J. Silveira —Lastimável poesia.

Por obséquio, encerra esse drama.

Queria saber descrever a dor mas como se não fosse um drama, queria gritar a todos os cantos sem ser escandaloso. Quero todo o impossível que o mundo me tirou, quero ter a coragem que prometi pra hoje. Mas sou limitado, por isso coloco fim, a isso, que em nada vai dar.
João Pedro Silveira, amatório.